Uma tarde de praia...

Saímos de casa por volta das três da tarde. Planeávamos chegar á praia depois de passada a hora de maior calor. Embora houvesse várias praias mais perto de nossa casa, nesse dia resolvêramos ir a à praia de S. Julião. Esta praia fica alguns quilómetros a sul da Ericeira. Uma longa faixa de areia estende-se, desde a entrada norte onde fica o parque de estacionamento, para sul, encaixada entre as arribas e o mar. A zona norte é frequentada por muita gente, mas mais para sul vão escasseando as pessoas e pode-se estar à vontade. Por vezes nem sequer há ninguém à vista. Pretendiamos algum sossego e uma tarde agradável de namoro com sol e mar e apenas a companhia das gaivotas e o marulhar das ondas. Por isso, em vez de nos dirigirmos para o acesso principal da praia fomos pela estrada de terra batida que conduz pelo meio dos pinhais. O ultimo troço da estrada encontrava-se em muito mau estado devido às chuvas do inverno anterior. Lentamente e evitando os sulcos mais profundos Charlie foi conduzindo até chegarmos ao pequeno largo onde tivemos que deixar o carro. Depois de esperar que a nuvem de poeira que nos seguia assentasse, saímos do carro e pegando nas mochilas e no chapéu de sol dirigimo-nos para a falésia. Da beira do abismo a vista era fantástica. Para norte, ao longe, via-se a Ericeira. Em baixo o areal estendia-se deserto para ambos os lados. No parque havia um outro carro estacionado, mas em baixo, na praia, não avistámos ninguém. Para quem conhece, existem alguns pontos por onde é possível descer, estreitos trilhos que serpenteiam pela falésia abaixo. De mãos dadas iniciamos a descida por um destes trilhos. Inicialmente o caminho era aceitável, mas aos poucos foi-se tornando mais íngreme de modo que em alguns sítios tínhamos que descer com as mãos apoiadas no chão. Alguém, provavelmente pescadores, tinha talhado uns degraus toscos que aos poucos se iam desfazendo com a erosão e a intempérie. Pedras soltas e raízes tornavam ainda mais difícil a descida. Por fim chegamos aos grandes blocos de pedra que se acumulavam na base da arriba e destes saltamos para a areia. O vento que se fazia sentir lá em cima, aqui não era mais que uma ligeira brisa. Depois de descansar um pouco e contemplar a beleza aparentemente intocada daquela praia caminhamos para sul numa direcção obliqua à linha de água. Assim, enquanto nos afastávamos do ponto onde termináramos a descida, fomo-nos aproximando desta. Uns metros á minha frente, Charlie parou para tirar a roupa. Aproveitei e despi-me também ficando em fato de banho. Debaixo dos pés sentia a areia quente. Retirámos as nossas coisas das mochilas; garrafa de água, protector, livro, etc. Rapidamente estendemos as toalhas e como o calor apertasse dirigimo-nos para a rebentação. Esta praia obviamente não é vigiada e o mar é perigoso, mas estando maré vazia ou próximo disso, existiam algumas pequenas enseadas formadas pelos esporões de rocha que penetram mar dentro, onde era possível tomar banho. Caminhamos junto à agua de mãos dadas apreciando o momento. Sabia-me bem sentir a frescura dos salpicos trazidos pelo vento. As ondas depois de rebentarem, vinham morrer a nossos pés em rendilhados de espuma. Aos poucos fomo-nos molhando. Mais para a nossa direita havia uma zona em que as ondas eram amortecidas por algumas rochas formando como que uma pequena lagoa de águas mais calmas. Aí entramos no mar até termos água pela cintura. Sentia um arrepio de cada vez que uma onda molhava um pouco mais da minha pele aquecida pelo sol. Charlie já tinha mergulhado e ameaçava atirar-me com borrifos de água. Perante isto não tive outra alternativa senão molhar-me também. Quando emergi a leve brisa no corpo molhado fez-me sentir frio. Charlie veio até mim e abraçou-me. Durante um bocado ficamos assim abraçados, a sentir o calor um do outro. Charlie aproximou a boca dos meus lábios. Primeiro foi apenas um toque, um roçar suave que aos poucos se transformou num beijo. As nossas bocas sabiam a sal. Entreabri os lábios e deixei a que a sua língua tocasse a minha. Senti-me percorrer por um tremor, não sabia se provocado pela brisa ou pelo toque das suas mãos no meu corpo. Puxei-o com força de encontro a mim. Os nossos corpos molhados estavam colados e senti-me aquecer por dentro. Nos seios sentia o contacto do seu peito e isto ou talvez o frio fez os meus mamilos ficarem rijos. Ele começou a beijar-me o pescoço e o ouvido. Com as mãos acariciava-me os ombros, as costas, a cintura, descia pelas ancas. Senti-o afastar o elástico do bikini e agarrar-me as nádegas. Abandonei-me às suas carícias sentindo de encontro ao ventre um volume que crescia. Instintivamente a minha mão procurou entre os nossos corpos. Metendo a mão por dentro dos calções encontrei aquele pedaço dele de que tanto gosto. Ainda sem estar completamente erecto senti-o crescer-me na mão. Ao tacto podia sentir os pormenores da sua forma. A glande em forma de morango, com a pele esticada. O tronco com a veia saliente de lado. Tacteei cada detalhe com a ponta dos dedos. Beijando-me sofregamente, subiu as mãos pelo meu corpo e sem oposição da minha parte desapertou-me o laço do soutien. Com um movimento deixou-o apenas pendurado pelos cordões que passavam em volta do pescoço. Os meus seios ficaram expostos ao seu olhar. Na sua expressão vi aquela mistura tão doce de carinho e desejo. A sua boca foi percorrendo na minha pele um caminho que aos poucos se aproximava dos meus mamilos. Sentia cada toque, cada afago dos seus lábios, cada pequena mordidela. Um após outro, chupou-os, deixando-os se possível ainda mais tesos. Eu, de olhos fechados, a cabeça inclinada para trás, oferecia-lhe os seios para seu e meu deleite. Senti uma mão introduzir-se pela parte da frente do meu fato de banho e procurar a minha ratinha. Abri um pouco as pernas de modo a facilitar-lhe o movimento e os seus dedos avançaram até se colocarem sobre os lábios que eu sentia estarem inchados. Continuamos nestas brincadeiras até sentirmos frio. Então resolvemos sair para nos aquecermos ao sol. Caminhamos ao longo da praia. Charlie com o braço em torno da minha cintura puxava-me para ele. De vez em quando a sua mão descia e apalpava-me o rabo. Entre beijos e carícias fomo-nos aproximando das rochas cobertas de algas e de mexilhões. Os nossos pés enterravam-se na areia molhada. Sentia o cheiro do mar e o sol secava o sal na minha pele. Como não havia ninguém á vista no extenso areal, deixei os seios descobertos. Entretemo-nos a observar as pequenas poças que havia nos rochedos. Um colorido vivo cobria-os. As algas e os limos brilhavam em vários tos de verde, mas havia também anémonas e pequenos corais roxos e avermelhados. Aqui e além pequenos peixes e camarões fugiam assustados com as nossas sombras. Distraída a observar este pequeno mundo aquático, não me apercebi que Charlie tinha tirado os calções. Quando reparei, estava ele inclinado de costas para mim apoiado numa pedra e com a mão dentro de uma poça. Fiquei a olhá-lo sem que ele se apercebesse. Já moreno por natureza, a sua pele, apenas com alguns dias de sol, adquiria um bronzeado carregado. Contrastando com o resto do corpo, as nádegas tinham um tom mais claro. Lentamente e sem que ele se apercebesse aproximei-me por trás dele. Senti-o estremecer ao contacto das minhas mãos molhadas. Como ele continuasse debruçado sobre o que quer que fosse que estava a ver, abracei-me a ele. Sabia bem o contacto das suas costas aquecidas pelo sol nas minhas mamas. Mantendo-me colada ao seu corpo quente, fui-lhe beijando o pescoço e os ombros. Deixei as mãos percorrerem-lhe o peito e irem descendo pela barriga ate chegar perto do sexo. Quanto a mim, tinha ficado excitada com as brincadeiras dentro de água, queria mais, queria senti-lo em mim. Sempre com os lábios colados na sua pele, fui brincando com os dedos em torno do púbis. Ele tentava não reagir mas eu sabia que o excitava. Acariciei-lhe as coxas, primeiro pela parte exterior descendo desde as ancas até aos joelhos, depois, lentamente, subindo pelo interior até às virilhas. Deixando propositadamente de lado o pénis, brinquei com os testículos. Sentia cada um deles entre os meus dedos. Não precisei olhar para saber que ele estava já com uma erecção. Aos poucos a minha boca foi descendo pelas suas costas, deixando um rasto de saliva misturada com sal. Pequenos estremecimentos percorriam-lhe o corpo cada vez que eu mordia. Ele inclinou-se mais para a frente e empinou o rabo na minha direcção. Ajoelhei-me por trás dele e continuei a acariciá-lo. Aproximei a face e comecei a dar pequenas dentadas. As minhas mãos percorriam-lhe as nádegas em círculos, ora as afastava deixando ver a linha que as separava, ora as comprimia uma contra a outra. Percorri a zona entras as coxas, avançando até sentir os testículos na concha da minha mão. Mais um pouco e agarrei-lhe no pénis. Aos poucos fui-o manuseando, correndo a mão devagarinho ao longo do tronco. Na ponta dos dedos senti a cabecinha molhada. Lubrificada por este liquido que ele ia produzindo, a minha mão deslizava para trás e para a frente. A rigidez e o volume que apertava entre os dedos davam-me conta da tesão que lhe estava a provocar. Tesão que se reflectia entre as minhas pernas, pois sentia-me a mim própria cada vez mais molhada. Com a outra mão afastei-lhe as nádegas e passei os dedos entre elas. Como um sinal para continuar, ele inclinou-se mais para a frente deixando o rabo mais exposto ao meu olhar. Recomecei a beija-lo ao de leve. A cada beijo os meus lábios aproximavam-se mais daquela racha e eu via o ânus contrair-se numa reacção involuntária de tesão. Comecei a descrever pequenos círculos com a língua em torno dele. Continuando sempre a masturbá-lo fui lambendo em volta, por cima e por baixo, deixando para o fim a parte que eu sabia ser a mais gostosa para ele. Por fim colando-lhe os meus lábios em volta do ânus, brinquei com a língua mesmo no centro. Durante um bocado assim ficámos. Ele de pernas afastadas, inclinado para a frente apoiando-se na rocha e eu por trás, os meus joelhos a enterrarem-se na areia molhada, uma mão passada por entre as suas pernas a acariciar-lhe o sexo, a minha face entre as suas nádegas beijando e lambendo. O liquido que ia saindo da do seu pau e que me deixava os dedos cada vez mais molhados, mostrava-me o gozo que ele estava a ter. Pensando que ele ia acabar por se vir, quis que o fizesse na minha boca. Assim, parei com as lambidelas e pedi-lhe que se virasse para mim. Ele deu meia volta e apoiou as mãos rocha, ficando com o corpo ligeiramente arqueado para trás, oferecendo-me o pau babado. Continuando de joelhos contemplei por momentos o sexo erecto, antecipando a sensação de o ter entre os lábios. A pele repuxada, a glande intumescida e brilhante de liquido, as veias salientes ao longo do tronco, provocavam-me uma vontade enorme de o sentir dentro de mim. De cada vez que a minha mão o percorria desde a base até á cabeça, espessas gotas de fluido viscoso apareciam na ponta. Com a língua colhia-as e saboreava o seu gosto ligeiramente salgado. Coloquei os lábios em torno da glande e com uma mão procurei entre as suas nádegas. Percorrendo entre elas, procurei a entrada do ânus. Este, ainda lubrificado pela minha saliva, não ofereceu resistência à entrada dos meus dedos. Enterrando-os mais profundamente, puxei-o para mim. Enquanto os meus dedos o penetravam, engoli-lhe o pénis até sentir a glande tocar-me na garganta. Fiquei com ele na boca durante alguns segundos. Depois, lentamente, os meus lábios percorreram todos os relevos do tronco em sentido inverso. Como um reflexo do gozo que lhe estava a dar, sentia a minha vagina cada vez mais quente e molhada. Algumas vezes mais o fiz entrar e sair da minha boca. De cada vez que o engolia, pressionava com os dedos no seu rabo. Assim teria continuado até ele se vir, mas ele, com as mãos agarrou-me a cabeça e afastou-me. Um fio brilhante ficou pendente entre a ponta do seu sexo e os meus lábios. Ele puxou-me para cima e eu, já de pé, beijei-o dando-lhe na boca o sabor do seu próprio pénis. Enquanto nos beijávamos ele encostou-me às pedras e começou a puxar o meu bikini para baixo. As suas mãos afadigavam-se a remover a pequena peça de tecido. Ele ia beijando os meus peitos, ventre, púbis e finalmente a minha ratinha. Afastei as pernas e ele mergulhou no meio delas. Com os dedos afastava-me os lábios de modo a deixar o meu clítoris exposto. Alternando entre chupá-lo e lambê-lo foi-me deixando cada vez mais excitada. Sentia o meu grelinho teso entre os seus lábios enquanto dois dedos massajavam a parede anterior da minha vagina. Com as mãos agarrei-lhe a cabeça e puxei-a de encontro a mim. Queria sentir a sua boca. Queria sentir a sua língua em mim. Sabia que me estava a molhar cada vez mais e que ele ia bebendo o meu sumo. Mas queria mais. Queria sentir o seu pau. Queria que me comesse ali mesmo. Como que adivinhando o meu pensamento, Charlie levantou-se e abraçou-me. As nossas bocas uniram-se num beijo intenso, apaixonado e cheio de desejo. O seu sexo encaixava-se entre as minhas coxas ao encontro do meu, enquanto com as mãos me acariciava as mamas. Eu virei-me de costas para ele e apoiei as mãos na rocha. Por trás de mim ele começou a roçar o pau entre as minas nádegas. Sentia a cabeça percorrer o rego entre elas. Deslizar pelo meu rabo e pelos lábios da minha vagina para trás e para a frente. Afastei um pouco mais as pernas e empinei o rabo. As suas mãos abriram-me e senti a glande inchada entrar em mim. Durante alguns segundos ficamos imóveis. A minha ratinha contraia-se involuntariamente em torno do seu membro, libertando ondas de prazer que me percorriam o corpo. Senti as suas mãos apalparem-me. Subirem pelas ancas, pela cintura, pelo peito, até me envolverem os seios. Os meus mamilos inchados ficaram entre os seus dedos. Então, lentamente, senti o pénis penetrar-me centímetro a centímetro. A cabeça a afastar as paredes da minha vulva. Quando entrou todo, podia sentir o seu púbis encostado ao meu rabo. Novamente ficamos imóveis, o peito dele colado nas minhas costas, o sexo todo enterrado dentro de mim, a latejar. Agarrou-me pelas ancas e começou a comer-me com força, quase violentamente. Correspondendo aos seus movimentos eu empurrava para trás quando o sentia vir de encontro a mim. A cada estocada parecia penetrar mais fundo. Dominada pela tesão, já não me preocupava se alguém nos poderia estar a ver. Queria que ele me continuasse a comer até me fazer vir. Queria que ele se viesse dentro de mim, que me enchesse com o seu leite. Queria que me deixasse exausta, saciada. Queria sentir o esperma a escorrer pelas minhas coxas. Apoiando-me apenas com uma mão, levei a outra á ratinha e comecei a tocar-me. Com dois dedos fazia pressão no clítoris massajando-o ao ritmo que era penetrada. Coloquei um pé sobre uma saliência da rocha de modo a sentir-me mais aberta. Queria se possível senti-lo ainda mais fundo dentro de mim. As suas mãos apertavam-me a cintura, agarravam-me com força pelas ancas e puxavam-me contra ele. A cada investida sentia dentro de mim a sua tesão. Com a mão encharcada pelo meu próprio liquido continuava a masturbar-me. Sentia o clítoris inchado, como que um botão de carne, epicentro do meu gozo. De dentro do ventre senti o orgasmo a formar-se. Uma onda de calor que subia desde a vagina e que se espalhava por todo o meu corpo. Apercebendo-se que eu me estava a vir, agarrou-me as mamas e apertando-as com força, enterrou-se dentro de mim. O meu corpo retesou-se numa explosão de sensações. Contracções que começavam na vulva, espalhavam-se por todos os meus nervos, e faziam-me perder a noção de tudo. Durante alguns segundos nada mais existia. Apenas aquele pedaço de carne dentro de mim, fazendo-me estremecer. Aos poucos as convulsões foram-se espaçando, diminuindo de intensidade. E eu fui retornando á realidade. Colado a mim, Charlie acariciava-me, beijava-me os ombros e a nuca. As suas mãos afagavam-me os seios, o pescoço, a face. Um dedo brincou em volta da minha boca e eu, entreabrindo os lábios chupei-o. Sabia a sal. A erecção que continuava a sentir dentro de mim dizia-me que ele não tinha chegado ao orgasmo. Lentamente senti-o a sair de dentro de mim. O sumo da minha excitação escorria-me pelo interior das coxas. Virei-me de frente para ele. O seu pau teso e molhado brilhava ao sol, apontando para mim. Esta visão reacendeu o meu desejo. Não a tesão violenta e irreprimível que acabara de me consumir, mas uma vontade forte de lhe devolver, reflectido, o prazer que acabara de me dar. A minha mão, como que por vontade própria, avançou ao encontro do pénis. Os meus dedos envolveram-no e senti-lhe a dureza. Sem pensar, ajoelhei-me e meti-o na boca. Sabia que ele não podia estar muito longe do seu próprio orgasmo e dispunha-me a recebê-lo. Queria beber a sua semente. Receber na língua e na garganta o jorro quente do seu leite. Ele, com doçura, mas firmemente afastou-me e puxou por mim até eu ficar de novo em pé. Beijou-me e pediu-me para esperar. Tínhamos ainda uma boa parte da tarde e ele queria guardar para depois o culminar da excitação. Também sem que nos apercebêssemos, alheados que estivéramos a fazer amor, a maré tinha subido um pouco. Quando ali chegáramos a espuma das ondas apenas vinha lamber-nos os pés e agora estávamos com os joelhos dentro de água. Pegámos nos fatos de banho e, beijando-nos uma vez mais, começamos a caminhar na direcção do local onde deixáramos as nossas toalhas. Não tínhamos ainda dado três passos, quando um choque me fez estremecer. A cerca de cinquenta metros estava um homem. Sob um pequeno guarda sol, deitado de barriga para baixo numa toalha, apoiado sobre os cotovelos, olhava directamente na nossa direcção. Quando viu que tínhamos reparado nele, disfarçou erguendo um jornal. Àquela distância era impossível que não tivesse visto o que estivéramos a fazer. Por outro lado tinha ar de quem já ali estava havia algum tempo. Estava instalado, o guarda sol aberto e espetado na areia, ele deitado na toalha, ao lado uma mochila e uma garrafa de água. Decididamente não tinha acabado de chegar. Tão absorvidos estivéramos que não nos apercebemos que tínhamos companhia na praia. Algo envergonhada, abracei-me a Charlie e evitei olhar na direcção do estranho. Sabia que ele devia estar a espiar-nos pelo canto do olho, e a consciência da nossa nudez embaraçava-me. Por outro lado havia algo de excitante em saber que tínhamos sido vistos. O diabinho exibicionista dentro de mim acordou e deixou-me acesa. Chegados á toalhas achámos que, depois do que já havíamos inadvertidamente mostrado, não valia a pena vestir os fatos de banho. Fui buscar a garrafa de agua ao saco e ambos bebemos com sofreguidão. O sol, o calor e o sexo tinham-nos deixado sedentos. Deitei-me na toalha e fechei os olhos. Senti Charlie remexer na mochila e pouco depois as suas mãos espalhavam protector solar nos meus ombros. Embalada pelo barulho das ondas, sentindo no corpo o calor do sol e a carícia das mãos do meu marido deixei-me escorregar para um estado de semi consciência…

Comentários

Anónimo disse…
Parabéns, excelente escrita simultaneamente sensível e tesuda... Adorei!
Unknown disse…
Muito lindo nos estamos a cumeçar agora mas ainda temos receio de expor os nossos corpos se nos podecem indicar algumas praias que nos tambem queriamos estar assim a vontade para nos abituar obrigados

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